domingo, 7 de outubro de 2012

Lanchinho bom de domingo!

Um bolinho simples mas delicioso para um lanche de domingo (ou de qualquer outro dia!)




Bolo de chocolate com frutos secos

 

Ingredientes:
  • 5 ovos
  • 350 g de açúcar
  • 150 g de farinha
  • 1 c sobremesa de fermento em pó
  • 1 iogurte natural
  • 1 medida (do iogurte) de óleo vegetal
  • 80 g de frutos secos a gosto
  • 3 c sopa bem cheia de chocolate em pó

Preparação:

- Bater os ovos com o açúcar até obter uma massa homogénea e fofa (até fazer "bolhinhas").
- Adicionar o iogurte e o óleo e bater bem.
- Por fim juntar os ingredientes secos: a farinha, o fermento, o chocolate em pó e os frutos secos ligeiramente triturados (se gostar de sentir os pedaços dos frutos secos, de contrário deve-se triturar mais). Eu usei algumas nozes e amêndoas e, no entusiasmo de aproveitar restos, usei também algumas pepitas de chocolate!
- Levar ao forno, previamente aquecido a 180º, em forma untada com manteiga e polvilhada com farinha, por cerca de 45 minutos.


Foi acompanhado por uma deliciosa chávena de cevada. No final só sobraram as migalhas!







Tarde tranquila, família reunida, lanche delicioso, pôr-do-sol lindo, ...! É tão fácil ser feliz!!




domingo, 30 de setembro de 2012

Bolo de maçã e courgette


Uma receita inspirada no folheto "Sabores Mediterrânicos" do Pingo Doce, de setembro (embora com algumas alterações, pois tenho o defeito de nunca conseguir seguir uma receita à risca).


Ingredientes:
  • 1 courgette média (250g)
  • 2 maçãs (250 g)
  • 200 g de mel (não tinha usei 100 de mel e 80 de açúcar amarelo)
  • 50 g de azeite
  • 50 g de sêmea de trigo (usei flocos de aveia triturados)
  • 200 g de farinha de trigo integral
  • 1 c. sopa de erva-doce em pó
  • 1 c de sobremesa de fermento em pó
  • 3 ovos grandes (usei 4)
  • 2 c. sopa de açúcar em pó (não usei)

Preparação:

Ligar o forno a 180º.
Lavar bem a courgette e as maçãs (eu descasquei a cougette e às maçãs apenas tirei os caroços) e rala-las no crivo mais fino do ralador (fiz este processo na Bimby).
Adicionar o mel e o azeite e misturar bem.
Juntar a sêmea (ou os flocos de aveia) e a farinha, a erva-dece, o fermento e misturar bem.
Adicionar as gemas de ovo e voltar a mexer.
Bater as clara em castelo à parte, e envolve-las delicadamente ao preparado anterior.
Deitar a massa num tabuleiro alto previamente untado com azeite e forrado com papel vegetal e levar ao forno por cerca de 40 minutos.
Desenformar e depois de frio cortar aos quadrados e polvilhar com açúcar em pó.

Como sobrou alguma massa fiz ainda alguns queques.
Ficaram bem bons (e saudáveis)!


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sugestão de fim-de-semana

 
"Em tempos remotos, quando o mundo ainda tinha limites imprecisos, a imaginação da humanidade viajou mais longe do que as suas naves.
Além dos mares e das terras conhecidas dizia-se que existia outra terra cheia de leite e mel, com animais fabulosos e cidades mágicas habitadas por seres inacreditáveis.
Os mapas davam conta dessas terras fantásticas e temíveis.
Foram portugueses os primeiros navegantes europeus que ultrapassaram a última fronteira do desconhecido e regressaram contando histórias ainda mais fabulosas do que a imaginação podia supor.
Mas a verdadeira fronteira fica sempre um pouco mais além. A última fronteira é a dos contos e eles moram naquela terra livre, onde cabem todos os mundos: a terra incógnita."



   Este fim-de-semana vai decorrer "Terra Incógnita"-  I Festival Internacional de Contos de Lisboa organizado pelos Contabandistas de Estórias".

   Fica aqui o link do programa: http://festivalterraincognita.blogspot.pt/p/programa.html


   Destaco a participação de Luís Carmelo, com as suas "Contatinas", contos à concertina.

Aqui numa participação nos "Contos de Liberdade"- Festival de Narração Oral que se realiza todos os anos em Abril no Algarve.

   A narração oral, uma das práticas mais antigas da Humanidade, é uma das expressões artisticas e culturais contemporâneas mais ricas, por ser completa, cativante e próxima do público. Participe.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O meu querido Cachopo!


Lembram-se de vos ter falado neste Paraiso, que fica em Cachopo, serra de Tavira?










Pois neste momento vive-se lá o Inferno!!




   As noticias dão conta de um cenário dantesco, com vasta área de floresta ardida, muita cortiça perdida (que é fonte importante de rendimentos por estas terras), animais mortos, hortas destruidas (principal fonte de subsistência de algumas familias), casas e bens em perigo, dezenas de pessoas evacuadas...!!

   Acompanho de longe impotente e com o coração apertado!



Força a todos os amigos de Cachopo!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Welcome Summer!

Apesar do frio, apesar do vento, apesar da chuva,...,
mantivemos a nossa tradição de comemorar o solstício e fomos  à praia ver o pôr-do-sol!
Sê bem-vindo Verão e deixa-te de timidez!


quarta-feira, 13 de junho de 2012


Da Páscoa aos santos populares
Vai um salto de pulguinha,
Já não me apetecem folares
Agora quero comer sardinha!

Sempre a trabalhar
Têm sido os dias passados,
Para acompanhar
Faço pimentos assados!

Não sei se vos acontece:
O tempo passa a correr,
Faço sangria bem fresca
Para a malta beber!

Para poeta não tenho jeito
Para blogar também não,
Termino com caldo verde
E pica-pau com pão!






Pica-pau


Ingredientes:

  • Lombo de porco (ou carne de vaca)
  • Dentes de alho
  • 1 cerveja
  • Massa de pimentão
  • Folhas de louro
  • Sumo de limão
  • Pickles
  • Molho inglês
  • Coentros
  • Sal e pimenta qb
  • Azeite
  • Margarina


Preparação:

Cortar a carne em tiras pequenas e fininhas.
Temperar a gosto com: sal, pimenta, massa de pimentão, alhos cortados às rodelas, louro, sumo de limão e cerveja.
Deixar marinar 1 a 2 horas.
Levar o azeite ao lume e aromatizar com um dente de alho e uma folha de louro.
Fritar um pouco a carne no azeite.
Adicionar o molho da marinada, tapar e deixar cozinhar por cerca de 15 a 20 minutos.
Juntar um pouco de molho inglês (cerca de uma colher de café) a meio da cozedura e mexer de vez em quando.
No final amaciar com um pouco de margarina.
Apagar o lume e deixar repousar um pouco.
Acrescentar pickles cortados aos bocadinhos e coentros frescos picados.
Servir de imediato.



Bons Santos populares!




sábado, 7 de abril de 2012

Folar da Páscoa


   A tradição do folar é tão antiga que a sua origem se perde no tempo. Segundo a lenda, este bolo simboliza a reconciliação e a amizade. Está também relacionado com o final do período de jejum e penitência vivido durante a quaresma.
   Do ponto de vista simbólico é uma tradição existente em todo o país. No entanto, em termos culinários é muito diferente de região para região.

   A receita que vos apresento é da região do Algarve. Mais do que uma receita, trata-se de um tesouro - um tesouro de familia!
   O resultado final é fabuloso! Mas mais importante do que o resultado é o que este tesouro envolve - a união da familia que se reune para vivenciar saberes e sabores que atravessam o tempo e unem gerações!




Ingredientes:

(como em todas as receitas seculares este folar é feito com quantidades calculadas a "olho", pelo saber feito de experiência. A grande "mestre" da receita é a minha mãe, eu tentei medir e pesar todos os ingredientes, de modo a ter uma receita mais objetiva)

  • 6 Kg de farinha
  • 1/2 L de gordura derretida: banha, manteiga, óleo e azeite
  • 1 pitada de sal
  • sumo de 2 laranjas
  • 1/2 L de leite morno
  • Chá morno q.b. (feito com grãos de ervas doces, pau de canela e casca de limão)
  • 1 c. sopa de ervas doces em pó
  • 3 Kg de açúcar
  • 1,5 dL de vinho do Porto
  • fermento de pão
  • açúcar e canela q.b. para polvilhar
  • ovos inteiros com casca q.b. 

Preparação:

(demora 3 dias!)

- Prepara-se o fermento (que se guardou na última vez que se fez pão), com água morna e um pouco de farinha e deixa-se a descansar até ao outro dia.

- Num alguidar grande (de preferência de barro), coloca-se a farinha abre-se um buraco no meio, coloca-se o sal e deita-se a mistura de gorduras bem quente por cima da farinha, mexendo com uma colher de pau (chama-se a isto escaldar a farinha).
 - Vai-se envolvendo a farinha com os ingredientes líquidos (chá, sumo de laranja e leite), mexendo com as mãos.
- Depois mistura-se o fermento que se preparou. Não pode ser misturado no princípio para não escaldar.
- Em seguida adiciona-se o açúcar, o vinho do Porto, as ervas-doces e um ovo de cada vez.
- Vai-se trabalhando a massa, amassando e misturando mais chá conforme for necessário de modo a obter a consistência adequada (é um pouco mole).
-Tapa-se o alguidar com um pano branco e este é envolvido em cobertores ficando a massa assim agasalhada a descansar até ao dia seguinte para levedar.

-Untam-se as formas (nós usamos tachos pequenos e redondos) com manteiga e polvilha-se com farinha.
- Coloca-se uma camada de massa, polvilha-se generosamente com açúcar e canela e margarina aos cubos. E vai-se colocando sucessivas camadas até a forma estar cerca de 2/3 cheia.
-Antes da última camada de massa coloca-se também um ovo inteiro com casca e cru. (Símbolo do inicio da vida e do renascimento).
-Tapa-se com uma última camada de massa.

-Deixa-se a repousar por mais algum tempo, enquanto se vai aquecendo o forno a lenha.


 



-Vão a cozer em forno de lenha durante 1 ou 2 horas, dependendo da temperatura do forno. Verifica-se a cozedura com o método de espetar um palito.



 


-Depois de cozidos retiram-se do forno e desenformam-se de imediato.
-Guardam-se num tabuleiro de madeira tapados com um pano branco.






   O resultado final é um bolo seco, mas com deliciosas camadas húmidas com o açúcar e canela que se misturaram com a manteiga derretida.
   Apesar de ser um folar doce não é demasiado enjoativo (ao contrário dos folares, ditos tradicionais do Algarve, que se encontram à venda em grandes superfícies comerciais). 

 
 


   As tradições são o nosso melhor património e a nossa maior riqueza, aprendamos a manté-las e a transmiti-las ás gerações seguintes!
 
 


Boa Páscoa !