Era uma vez um frasco de champô que adorava histórias…de aventuras, de amor, de castelos encantados e dragões furiosos. Mas ele vivia numa banheira e ninguém lhe contava histórias! Bem que ele pedia ao champô que estivesse atento para quando andasse pela cabeça do menino ouvir as coisas que ele contava, mas o malandro assim que podia fugia logo sorrateiro pelo ralo abaixo (certamente à procura de aventuras!), deixando-o ali cada vez mais sozinho!
Até que um dia, ele ficou completamente vazio, sem pinga de champô. E agora, o que ia ser dele? Foi quando umas mãos lhe pegaram e uns grandes olhos o observaram com muita atenção. Ele conhecia aquelas mãos, … eram da mãe do menino. Ficou mais calmo, enquanto a via ir buscar papel, cola, fita, e ...
… mas, o que era aquilo? Um objecto pontiagudo e que vinha na sua direcção! Teve muito medo e fechou os olhos, sentiu uma picadinha e depois de repente … sentiu-se mais leve! Abriu os olhos devagarinho e viu que tinha ficado sem o seu chapéu! Não se importou. Nem sequer gostava muito dele! Em seguida, a mãe tirou-lhe o resto da roupa. Ficou muito corado por estar assim todo nu, mas a mãe deu-lhe uma bela banhoca e limpou-o com muito cuidado. Depois passou-lhe cola com um pincel (Ah! Ah! Que cócegas!) e vestiu-o com roupas novas e muito bonitas. Até lhe pôs uma fita! Que janota que ele estava!
Depois a mãe encheu-o com uma série de lápis de todas as cores. Que divertidos que eles eram e falavam pelos cotovelos!
Mas o melhor ainda estava para vir!
Quando o menino chegou, pegou nele todo contente e foi logo pintar os desenhos do seu livro de histórias. Que alegria! Os lápis iam, mas voltavam sempre e vinham cheios de histórias maravilhosas que tinham visto para lhe contarem.
Que feliz que ficou o frasco de champô!